20 setembro 2010

Os jovens e suas Gadgets

Com a profusão de produtos eletrônicos MADE IN CHINA, os sonhos de consumo de nossos jovens se ampliaram, hoje eles não querem somente as roupas e calçados de marcas, querem também várias Gadgets, termo em inglês que significa: geringonça, dispositivo. Neste caso o termo gadgets é comumente aplicado aos dispositivos eletrônicos portáteis como PDAs, celulares, smartphones, leitores de mp3, entre outros. Em outras palavras, é uma "geringonça" eletrônica.Estas gadgets viraram febre entre os jovens, e servem  também como uma medida de “status” quanto mais modernos forem suas gadgets, mais você esta “por dentro”. Hoje são muito populares entre os jovens os Smartphones, celulares que servem para quase tudo: fotografar, ver vídeo, ver TV, enviar e-mails, etc.. Mas existe um lado neste consumo, que nunca é dito, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgou um estudo que afirma que, o consumo de gadgets eletrônicas ira triplicar até 2030, e existe uma grande preocupação com o consumo de energia demandado por estes gadgets e seus impactos na matriz energética atual, além da preocupação com o descarte destes produtos na natureza já que as maiorias das cidades não possuem ponto de recolhimento deste lixo eletrônico que acaba se misturado com o lixo comum nos aterros sanitários podendo contaminar o solo e o lençol freático com diversos metais pesados que entram em sua fabricação. Várias entidades do movimento ecológico têm pressionado os fabricantes para o uso de materiais recicláveis nestas gadgets e que sejam criadas normas para que se estimulem a criação de aparelhos que usem mais racionalmente a energia. Mas enquanto estas ações não saem do papel é necessária uma campanha a nível mundial, sobre o consumo consciente destas gadgets pois como sabemos o aumento de demanda de energia, leva a criação de novas hidrelétricas, termoelétricas e outras geradoras de energia que tem forte impacto no meio ambiente.
Consumo consciente,pratique esta idéía.

09 setembro 2010

Bambu ecológico

Nesta época de procura de soluções para os problemas ambientais, o uso do bambu na fabricação de papel surge como uma esperança contra a destruição de nossas florestas nativas.
Pesquisas mostram que 70% da madeira retirada ilegalmente de nossas florestas nativas, têm como destino a área da construção civil e sabemos também que a matéria prima do nosso papel do dia a dia vem em sua maioria esmagadora de áreas reflorestadas.
Sendo assim, os especialistas dizem que o cultivo comercial de bambu para a utilização na fabricação de papel faria toda a diferença neste cenário, já que o bambu é umas das plantas com crescimento mais rápido, além de ser mais tolerante a solos com pouca fertilização e por seu crescimento rápido tem um alto potencial de seqüestro de carbono e ajuda na recuperação de solos degradados. Segundo os especialistas o bambu da espécie “Bambusa vulgaris”, muito comum no Brasil, possui mais celuloses que as plantas usadas comumente na produção de papel, e a qualidade do papel é igual ou superior ao feito com madeira, geralmente Pinus e Eucalipto. Como já falado o bambu é uma planta pouco exigente em relação à qualidade do solo, podendo ser uma solução para replantio em áreas já desmatadas e em processo de erosão, já que as raízes do bambu formam uma “rede” que propicia a coesão e compactação do solo. Os especialistas afirmam que a plantação de Bambu em grande escala, tornaria o preço do produto igual ou inferior ao da madeira usada na fabricação do papel, um hectare plantado de Bambu, rende tanto quanto um hectare de Eucalipto e quase o dobro de um hectare de Pinus.
Países como a China e a Índia, já notaram o potencial econômico do bambu no mercado mundial de celulose e atualmente são os dois maiores produtores mundiais de bambu com finalidades comerciais, o Nepal e as Filipinas também possuem projetos de reflorestamento com bambus, e o estado Americano do Havaí, esta introduzindo o cultivo do bambu em substituição ao cultivo da cana-de-açúcar. No Brasil existem algumas experiências do cultivo comercial do Bambu no interior do estado de São Paulo e no Maranhão.
A idéia é que, usando o bambu como matéria prima para a fabricação de papel, as madeiras de reflorestamento poderiam ter sua utilização desviada para a construção civil, tirando assim uma enorme pressão de nossas florestas nativas.
Para conhecer as mil e umas utilidades desta planta da família das Gramíneas, visite o site abaixo:

 

08 setembro 2010

O pequeno príncipe

Por muitos anos no Brasil o livro “O pequeno príncipe” foi considerado uma obra menor pelo fato de ser citado como o livro favorito de 10 entre 10 postulantes a Miss, nada mais preconceituoso que isso, tanto para as misses quanto para o livro. Escrito em 1943 pelo escritor francês, Antonie de Saint-Exupéry o livro tem um tom lírico e filosófico, sendo o livro de um escritor francês mais vendido no mundo, estando entre os títulos mais traduzidos em todo o mundo, 160 idiomas e dialetos para ser mais preciso. Exupéry escreveu um livro cheio de simbolismo onde cada personagem nos leva a refletir sobre a natureza humana, além de ter feito em aquarelas as gravuras do seu livro. Exupéry era filho da aristocracia Francesa e apaixonado por aviação, tendo desaparecido em missão de reconhecimento sobre o Canal da Mancha durante a segunda guerra mundial em 31 Julho de 1944, seu sumiço foi um mistério até 2004 quando os destroços de seu avião foram encontrados a poucos quilômetros da costa de Marselha.
Além do seu livro mais famoso, ele escreveu também para jornais e revistas, e possui uma vasta obra literária .
O aviador – 1926
Correio do Sul – 1929
Voo noturno – 1931
Piloto de guerra – 1942
O pequeno príncipe - 1943
Se você ainda não  leu O pequeno Príncipe, abandone o preconceito e mergulhe nesta maravilhosa história.




“Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso.”


Antonie de Saint-Exupéry

01 setembro 2010

O Globo online – “Eu nunca tive um amigo negro”

Na coluna Opinião do Jornal O globo online do dia 24/08/2010, o leitor Cláudio César Dutra de Souza escreveu um artigo com o título “Eu nunca tive um amigo negro”, este artigo teve uma grande repercussão entre os leitores e gerou uma grande quantidade de comentários sobre o artigo, uns favoráveis e outros nem tanto.
No artigo o autor narra que durante sua infância/adolescência classe média na bela cidade de Porto Alegre o mesmo não tinha amigos negros, e com esta constatação, ele nos indaga onde andariam os nossos negros, que não estão na política, não estão nas universidades, não estão na classe média... Afinal onde estão os negros? Com grande perspicácia ele levanta a questão da falsa democracia racial brasileira, que aceita o negro sim, mas em seu “devido lugar”, que podemos entender como sendo os subempregos, as favelas, as prisões, as piores escolas publicas, enfim no seu lugar histórico... Muitas pessoas acreditam, ou são levadas a acreditar, no mito da democracia racial brasileira e se recusam a enxergar que nossa sociedade discrimina os negros e não permite a ascensão socioeconômica deste grupo dentro de nossa estrutura social.
Assim como o missivista também devemos questionar esta falsa democracia racial, não por que somos bonzinhos, mas por que somente assim conseguiremos colocar este assunto em discussão, e somente com um amplo debate poderemos desmascarar estes mitos que impedem que sejam adotadas políticas reparadoras e que sejam capazes de dar ferramentas para que os negros possam ascender dentro de nossa sociedade.
O artigo de Cláudio César gerou mais de 500 comentários, alguns explicitamente racistas, sempre se baseando na “democracia racial”, e estão disponíveis no link abaixo. Vale à pena dar uma lida.

http://oglobo.globo.com/opiniao/mat/2010/08/24/eu-nunca-tive-um-amigo-negro-917467096.asp