15 outubro 2010

Museu Ciência e Vida – Duque de Caxias

Inaugurado há poucos meses, o primeiro museu interativo do estado do Rio de Janeiro já contabiliza mais de seis mil visitantes! O Museu Ciência e Vida, localizado na cidade de Duque de Caxias, é o orgulho dos moradores da região e pretende atuar na contramão de tudo que já foi feito em relação à educação e cultura no estado, pois a idéia é que as pessoas da Capital tenham que se deslocar até a periferia para adquirir cultura, e não ao contrário, como sempre ocorreu.O museu fica no antigo prédio do Fórum de Duque de Caxias, e ainda se encontra em reforma, a pretensão é que em pouco mais de um ano os seus quatro andares estejam em atividades, com exposições de diferentes áreas das ciências.
Mas por enquanto somente o primeiro andar e o planetário já estão em funcionamento, o museu foi inaugurado com a exposição “Vias do Coração” e também com o planetário (que figura entre os três mais modernos do Brasil) que leva o nome do primeiro astronauta brasileiro Marcos Pontes, que esteve na inauguração, e que ressaltou em entrevista ao Jornal EXTRA: - Achei a iniciativa sensacional. O museu é todo colorido, um ambiente muito apropriado para crianças e jovens. E o planetário é um lugar mágico, onde o visitante se sente viajando. Ótimo para despertar o interesse pelo conhecimento. Me sinto muito feliz - disse o astronauta.
Uma segunda exposição esta em cartaz desde outubro,com o nome “A Revolta da Vacina - Da varíola às campanhas de imunização”, que contam as histórias dos movimentos populares no Rio de Janeiro, contra a campanha de vacinação obrigatória imposta pelo Governo Federal.O museu é uma iniciativa do governo do estado do Rio de janeiro, através da Secretaria Estadual de Ciência e tecnologia e Educação Superior à Distância (Fundação CECIERJ) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) com apoio de algumas empresas.A iniciativa do estado de viabilizar um museu fora dos grandes centros, ainda mais na área de ciências, é de grande valor educacional, pois os museus são importantes ferramentas pedagógicas que propiciam aos professores e alunos poderem ter contato concreto com aquilo que só viram em livros, além de serem espaços riquíssimos para um trabalho interdisciplinar.
Abaixo o site do
Museu Ciência e Vida
http://www.museucienciaevida.com.br/

12 outubro 2010

06 outubro 2010

O consumo de carne e o meio ambiente

Atualmente vivemos um grande paradoxo na produção de alimentos, 70% das terras usadas na agricultura no mundo estão sendo usadas para o plantio de cereais, e mesmo assim ainda existem milhões de pessoas famintas no planeta. Isto pode parecer estranho, mas existem várias explicações e uma delas é que nem todos estes cereais estão sendo cultivados para o consumo humano, bem, pelo menos não diretamente. Já que um terço destes grãos está sendo usado para a alimentação de animais que serão consumidos pelos humanos, no passado o consumo de carne estava ligado à criação caseira, mas depois da segunda guerra mundial este cenário mudou, foram introduzidos a criação mecanizada e em massa destes animais assim o consumo de carne explodiu no mundo, em menos de um século este consumo foi multiplicado por três!  e para abastecer este mercado os grandes produtores precisam de muita terra e muita água, além de usarem sementes transgênicas e outros aditivos químicos com intuito de aumentar a produção destes grãos. Na área e tempo necessário para se produzir 1 kg de carne, produziríamos 200 kg de tomates, 160 kg de batatas, 120 kg de cenouras e 80 kg de maças. Por isso podemos afirmar que a carne é um alimento pouco solidário, já que enquanto poderíamos estar alimentando sete seres humanos com o uso de determinada pedaço de terra  estamos alimentado somente um! Só para se ter idéia, para se produzir um quilo de carne são necessários de 7 a 16 kg de soja. Além disto, o consumo exagerado de carne, principalmente a “vermelha”  podem causar danos a saúde do homem, pois favorecem ao aumento do colesterol, favorece a obesidade e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Outro perigo apresentado é a influência negativa deste grande consumo sobre o meio ambiente, pois todos os anos milhares de hectares de florestas são derrubados para a produção de grãos ou para a criação intensiva de gado, principalmente nos países ditos de terceiro mundo,  incluindo o Brasil. Existe também o risco de contaminação do solo e dos aqüíferos pelo excesso de pesticidas e herbicidas usados nestas plantações.
Hoje em dia temos a consciência que a água não é um recurso infinito, e que se não cuidarmos dos mananciais e do consumo, em breve poderemos ter a escassez deste recurso. Neste quesito consumo de água, a carne é uma grande vilã, pois se para produzirmos 1 kg de batatas gastamos 900 litros de água, para produzirmos 1 kg de carne consumimos 15.000 litros de água! Para completar, a produção de 1 kg de carne contribui para o efeito estufa tanto quanto fazermos uma viagem de carro de 220 km.Os países campeões no consumo per capita de carne são: Dinamarca com 145 Kg/ano, Nova Zelândia com 142,1 Kg/ano e Estados unidos com 124,8 Kg/ano e os entre os que menos consomem estão os africanos: Serra leoa com 6,1 kg/ano, Moçambique 5,6 kg/ano e Burundi com 3,5 Kg/ano,  o Brasil ocupa uma posição intermediária com 36,6 kg/ano por pessoa.
Logicamente não estamos pregando a abstinência, mas pregamos o consumo consciente e moderado de carne e seus derivados para que no futuro, se quisermos a sobrevivência da humanidade, não tenhamos que ser forçados a virar vegetarianos.

De certa feita o eminente agrônomo René Dumont, teria dito:
       "A sociedade ocidental, com seu excesso de consumo de carne e da sua falta de generosidade para com os pobres, se comporta como um canibal, um canibal indireto: come a carne, e desperdiçar os recursos de cereais, que poderiam ter salvado todas as pessoas que sofrem de fome". 
René Dumont foi escritor e Eng.º Agrônomo e teve papel fundamental na crítica as políticas de desenvolvimento e meio ambiente no pós-guerra. Era conhecido como o "agrônomo da fome", líder da luta contra a exploração predatória dos recursos naturais e um dos pioneiros da ecologia.


Fonte:  http://humanityy.com/ uma organização preocupada com ecologia, bem estar animal e solidariedade humana, conteúdo em Inglês e Espanhol

05 outubro 2010

Repetência não melhora desempenho de aluno, diz pesquisa.

       O portal IG no dia 05/10 mostrou a conclusão de uma investigação feita por três pesquisadoras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Durante dois anos seguidos as pesquisadoras analisaram o desempenho de 41 mil alunos das primeiras séries do ensino fundamental. Os resultados obtidos não foram nada animadores, pois se o modelo atual preconiza a repetência como meio de “ajudar” os alunos, na prática não é isto que ocorre, pois conforme verificado na pesquisa os alunos que foram “reprovados” no outro ano continuaram sem aprender o conteúdo esperado para aquela série, ou seja, estudar as mesmas séries duas vezes seguidas não fez com que as crianças tivessem evoluído na aprendizagem. As autoras da pesquisa, Vania Candida da Silva, Juliana de Lucena Ruas Riani e Tufi Machado Soares, afirmam que repetência sem projetos específicos de auxílios as crianças retidas, não só não resolvem o problema com também traumatizam e desmotivam os alunos. As pesquisadoras usaram os dados obtidos em 2008 e 2009 pelo programa de Avaliação do Ciclo Inicial de Alfabetização (Proalfa), programa do Governo Mineiro que tem como objetivo avaliar o desempenho dos alunos das séries iniciais das escolas públicas Mineiras. Apesar da secretaria de Educação de Minas Gerais recomendar a não retenção do aluno nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, mesmo assim esta prática ainda persiste em grande parte das escolas públicas Mineiras. Outro dado inquietante observado pelas pesquisadoras é que não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre o rendimento acadêmico dos alunos de escolas públicas que adotaram ou não a progressão automática. Por outro lado, a pesquisa mostrou que alunos defasados (em relação à série) possuem competências inferiores aos alunos com idade adequadas a série. Pelos resultados da pesquisa podemos concluir que o regime de progressão automática, tão criticado por parte da sociedade, pode contribuir para corrigir a distorção idade-série tão comum em nossas escolas sem perda de qualidade na educação. Nos links abaixo você tem acesso a matéria do portal IG e ao resultado da pesquisa.