25 janeiro 2011

Olhar estrangeiro…



  Veja a declaração proferida por Kul Wadhwa, Diretor da Wikemedia Foundation, durante sua palestra no Campus Party 2011, evento tecnológico que ocorreu este mês em São Paulo.  
“Eu sei um pouco de português porque minha mulher é brasileira,” comentou Wadhwa em sua palestra. “E é por isso que eu sei que educação faz diferença. O pai dela só completou o ensino fundamental. A mãe só terminou o ensino médio. Ela tem um doutorado, e por isso cresceu, mas teve que estudar fora. Isso está errado. Vocês precisam falar com os professores, falar com o governo, para melhorar a educação aqui, no Brasil”.
Os problemas educacionais no Brasil são tão visíveis que até um estrangeiro é capaz de identificá-los e propor soluções. Como sugerido por Wadhwa cabe a sociedade pressionar por uma melhora na qualidade da educação que é fornecida aos nossos jovens nas escolas públicas brasileiras, e isto só será conseguido com um amplo debate sobre qual educação queremos para nossas crianças.
A educação de qualidade deve ser um compromisso de todos, escola, comunidade e governo, pois somente com a universalização da educação com qualidade, teremos um país desenvolvido e com oportunidades iguais para todos.
  Veja o que rolou no Campus Party2011
http://www.abril.com.br/blog/campus-party/

05 janeiro 2011

Zilda Arns – Doutora do Brasil

Neste mês faz um ano que o Haiti foi atingido por um violento terremoto que destruiu o já precário país e causou centena de milhares de mortes e outros milhares de feridos e desabrigados. O Haiti divide a ilha de Hispaniola nas Antilhas com a Republica Dominicana, o país tem um histórico de governos autoritários e sangrentos além de ser o país mais pobre das Américas e um dos países mais pobres do mundo. Entre os milhares de mortos vitimas do terremoto constam algumas dezenas de brasileiros, a maioria militares que estavam no país em missão de paz da ONU. O Brasil perdeu também alguns civis que prestavam algum tipo de serviço humanitário na ilha, entre eles a Drª Zilda Arns, pediatra e sanitarista brasileira que estava na ilha para difundir o trabalho da Pastoral da Criança, organização ligada à igreja Católica criada e dirigida por Zilda Arns e que atua no combate a desnutrição, a mortalidade infantil e a violência contra a criança no Brasil e no mundo.
“Cremos que esta transformação social exige um investimento máximo de esforços para o desenvolvimento integral das crianças. Este desenvolvimento começa quando a criança se encontra ainda no ventre sagrado da sua mãe. As crianças, quando estão bem cuidadas, são sementes de paz e esperança. Não existe ser humano mais perfeito, mais justo, mais solidário e sem preconceitos que as crianças.”
Trecho do ultimo discurso de Zilda Arns.
O modelo de atuação da Pastoral da Criança foi exportado para todo o chamado terceiro mundo principalmente para a África, América Latina e Caribe, nestes quase trinta anos de atuação a Pastoral da Criança salvou milhões de vidas.
Zilda Arns dedicou sua vida a luta pelas melhorias das condições de vida para milhões de pessoas no mundo inteiro, levando educação, cidadania e criando condições para que as comunidades pobres possam ser protagonistas de suas próprias histórias de transformações sociais. Com sua morte o Brasil e o mundo perderam uma heroína e uma defensora dos menos favorecidos.
“Aquele que salva uma alma, salva o mundo inteiro”
Trecho do Talmud ( texto Judaico)