05 outubro 2010

Repetência não melhora desempenho de aluno, diz pesquisa.

       O portal IG no dia 05/10 mostrou a conclusão de uma investigação feita por três pesquisadoras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Durante dois anos seguidos as pesquisadoras analisaram o desempenho de 41 mil alunos das primeiras séries do ensino fundamental. Os resultados obtidos não foram nada animadores, pois se o modelo atual preconiza a repetência como meio de “ajudar” os alunos, na prática não é isto que ocorre, pois conforme verificado na pesquisa os alunos que foram “reprovados” no outro ano continuaram sem aprender o conteúdo esperado para aquela série, ou seja, estudar as mesmas séries duas vezes seguidas não fez com que as crianças tivessem evoluído na aprendizagem. As autoras da pesquisa, Vania Candida da Silva, Juliana de Lucena Ruas Riani e Tufi Machado Soares, afirmam que repetência sem projetos específicos de auxílios as crianças retidas, não só não resolvem o problema com também traumatizam e desmotivam os alunos. As pesquisadoras usaram os dados obtidos em 2008 e 2009 pelo programa de Avaliação do Ciclo Inicial de Alfabetização (Proalfa), programa do Governo Mineiro que tem como objetivo avaliar o desempenho dos alunos das séries iniciais das escolas públicas Mineiras. Apesar da secretaria de Educação de Minas Gerais recomendar a não retenção do aluno nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, mesmo assim esta prática ainda persiste em grande parte das escolas públicas Mineiras. Outro dado inquietante observado pelas pesquisadoras é que não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre o rendimento acadêmico dos alunos de escolas públicas que adotaram ou não a progressão automática. Por outro lado, a pesquisa mostrou que alunos defasados (em relação à série) possuem competências inferiores aos alunos com idade adequadas a série. Pelos resultados da pesquisa podemos concluir que o regime de progressão automática, tão criticado por parte da sociedade, pode contribuir para corrigir a distorção idade-série tão comum em nossas escolas sem perda de qualidade na educação. Nos links abaixo você tem acesso a matéria do portal IG e ao resultado da pesquisa.

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