11 junho 2011

Um pouco da história dos Quadrinhos

Para muitas de nossas crianças o primeiro contato com as letras se dá pelas histórias em quadrinhos,
A história dos quadrinhos remota ao século XIX na Europa onde alguns autores Alemães, Franceses e Suíços lançam as bases dos quadrinhos, mas para a maioria dos estudiosos as histórias em quadrinhos como conhecemos hoje, tiveram o seu início no final do século XIX, nos Estados Unidos da América, aparecendo no formato de tiras, em jornais diários e nos suplementos dominicais. Em 1895 surge o Personagem “The Yellow Kid”, nas tiras do jornal “New York World” esta tira introduz o balão, que iria definitivamente ser incorporado à estruturação dos quadrinhos, na esteira deste sucesso surge vários outros personagens, tais como “Os sobrinhos do Capitão” criados em 1897. No final dos anos vinte surgem nos Estados unidos as primeiras revistas dedicadas aos quadrinhos, conhecidas como “Comics Books” que na verdade são compilações das tiras publicadas em jornais. Com a grande depressão de 1929 surgem os quadrinhos com super heróis, claro escapismo aos problemas gerados pela depressão: fome, desemprego e desestruturação social que atingiram não só os Estados Unidos, mas todo o mundo ocidental.
Durante a segunda guerra mundial, as histórias em quadrinhos perdem seu caráter ingênuo e passam a ter uma conotação ideológica, com vários heróis sendo “convocados” para lutar ao lado dos aliados contra o nazi-fascismo. Na década de 60, na onda das mudanças comportamentais que ocorrem pelo mundo, as histórias em quadrinhos começam a apresentar heróis que mesmo com super poderes enfrentam dificuldades dos homens normais, sejam amorosas, existenciais, éticas ou financeiras. Na década de 70, surge um novo estilo nas HQs: o quadrinho underground, com personagens irreverentes e contestadores, o principal expoente deste movimento é Robert Crumb, autor de Fritz and Cat.
Nos anos 80, foram a vez das graphic novel (romances gráficos), autores como Will Eisner, Alan Moore, Frank Miller, Art Spiegelman criaram obras que hoje são referências no mundo dos quadrinhos. Nos anos 90 as HQs ocidentais passaram a dividir a atenção do publico com os Mangás, o jeito japonês de fazer quadrinhos e que possuem uma legião de fãs no mundo. A indústria dos quadrinhos durante a sua história teve altos e baixos, mas desde a década de 30, alguns grupos passam ao largo das crises, como é caso de uma das gigantes no mundo das histórias em quadrinhos: A Disney, vende seu quadrinhos em todo o mundo, capitaneados pelo seu maior astro: Mickey Mouse. O mesmo faz a Marvel/DC, gigante do filão dos super-heróis.
No Brasil o pioneiro das HQs com personagens genuinamente brasileiros foi Ziraldo com “A Turma do Pererê” na década de 60. Hoje várias editoras apostam em novos talentos brasileiros, mas o carro chefe das publicações e vendas das HQs genuinamente nacionais é “A turma da Mônica” criada por Mauricio de Souza e publicada desde 1970.
As histórias em quadrinhos fazem parte da nossa vivência e estão sempre se reinventando, assim como a sociedade, muitas vezes refletindo nossos ideais, medos e ansiedades e de outras vezes, somente nos divertindo, nos alienando deste mundo. Por isso elas são ferramentas formidáveis para serem usadas na educação, tantos dos pequenos como dos jovens, e também dos adultos.
poderoso recurso que desperta o prazer pela leitura e proporciona um primeiro contato com uma narrativa mais complexa. Na construção das histórias em quadrinhos são trabalhados diversos conceitos tais como: linguagem, imagem e narrativas, além de temáticas variadas que atendem a todos os gostos e faixas etárias, hoje em dia os estilos dos quadrinhos são vários e alguns autores/desenhistas são verdadeiras celebridades, como Robert Crumb, Frank Miller, Alan Moore, Grant Morrison, Peter Milligan, Will Eisner entre outros.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Olá muito bom seu blog já estou seguindo. abraços
http://blogandodemadrugada.blogspot.com/